domingo, 8 de julho de 2007
sábado, 7 de julho de 2007
Rua de Cacela.

Não sei se faz algum sentido escolher 7 maravilhas. Sei, com toda a certeza, que elas não são 7 e também sei que é muito fácil para o homem transformar uma coisa maravilhosa numa coisa insuportável. Tenho até receio que este tipo de iniciativas possa contribuir para isso. Um exemplo: Veneza, que é uma cidade lidíssima, no calor do Verão com os mosquitos, os preços exorbitantes e com milhares de turistas a acotovelarem-se pode tornar-se num espaço verdadeiramente insuportável.
Gosto particularmente dos pequenos lugares, à escala humana, que se percorrem a pé e ricos patrimonialmente, sem serem ostensivos. No dia em que tirei esta foto havia pouca gente na localidade e a atmosfera era tranquila. Naquele momento, Cacela, era para mim uma das «7 maravilhas». Mas também já lá estive em momentos que só apetecia fugir.
A brancura das casas e das ruas acentua a delicadeza do lugar. Experimentei aumentar um pouco a saturação da foto e isso não lhe retirou leveza.
sexta-feira, 6 de julho de 2007
Objectos Multifuncionais !

Para a maior parte dos adultos a resposta é óbvia:
-Para lavar! e ponto final.
Se pedirmos exemplos de objectos multifuncionais, a maior parte das pessoas lembrar-se-á do canivete suíço e terá dificuldade em apontar as múltiplas funcionalidades que os objectos banais podem apresentar. Para uma criança, que está a descobrir o mundo, é tudo muito diferente e os objectos (por mais comuns que sejam) nunca serão banais ou vulgares.
Experimentem deixar uma criança de 4

quinta-feira, 5 de julho de 2007
Imagens que Resistem !

No Portugal de Salazar, país em que a maior parte da população activa se dedicava à agricultura e em que o comércio era pouco mais que incipiente percebe-se a profusão de tal publicidade. Depois, com os progressos da Indústria Química, o Nitrato do Chile foi desaparecendo mas a qualidade dos suportes da publicidade fez com que alguns cartazes resistissem até hoje. De qualquer forma reconheça-se que a estética (ajudada por vezes pelo cenário) era bem interessante e eu considero-os, hoje, como um género de património que, em alguns casos, deveria ser preservado.
P.S. - Também alguns dos «nossos» cartazes do «Licor Beirão», o licor de Portugal, em tempos muito disseminados pelas estradas portuguesas, deveriam merecer o interesse e eventual preservação.
sábado, 26 de maio de 2007
A OTA SEM BATOTA OU A IMPORTÂNCIA DO PNPOT

A implantação de grandes equipamentos tem sempre impactos negativos sobre o território e portanto aquilo que deverá ser feito (dentro do perímetro funcional definido) é a escolha menos má, ou seja do local onde esses impactos sejam menores. Por outro lado, quando um bem é escasso o valor do mercado aumenta (são as leis do mercado a funcionar) surgindo a tentação da especulação fundiária, do lucro fácil. Será por isso que é desejável que estes processos sejam completamente transparentes e objecto de um escrutínio, de uma discussão participada até porque no caso de um novo aeroporto não são apenas questões técnicas (de engenharia ou de aeronáutica) que estão
A polémica instalada em torno da futura localização de um novo aeroporto para a região de Lisboa resulta, em parte, da falta de tradição de planeamento que existe neste país. Quando o processo começou há uns anos, com os estudos preliminares, teria sido desejável envolver, desde logo, um conjunto de «actores» interessados. O planeamento moderno é multidisciplinar e participado. Envolve os interessados no processo, promove a aceitação das melhores soluções e legitima as decisões tomadas. Acreditamos que se um processo deste tipo tivesse sido seguido ter-se-ia evitado muita especulação e até figuras tristes. Procurar sustentar uma posição afirmando que do outro lado do rio não pode haver um aeroporto porque existe um deserto, ou que as pontes podem ser dinamitadas torna-se ridículo e sobretudo não serve para legitimar uma decisão, antes pelo contrário.
Seria importante que de toda esta questão se pudessem retirar algumas conclusões de modo a aprender com os erros. Em primeiro lugar gostaria de dizer que a mediatização que o caso gerou teve, em meu entender, um aspecto muito positivo de natureza pedagógica. A população portuguesa foi confrontada com um caso clássico do conflito de interesses que a ocupação de um território sempre gera e da complexidade que a tomada de decisão, num caso destes, envolve. Por outro lado, terão sido muitos os que se aperceberam que o problema deriva, em parte, da falta de um Programa Nacional que oriente as Políticas do Ordenamento do Território do país. Se um tal programa já existisse a decisão teria sido, com toda a certeza, menos polémica e mais simples de alcançar. Mas a esse respeito há boas notícias, um programa desse género (embora com muitos anos de atraso) foi recentemente elaborado e está agora numa fase essencial já que irá, nas próximas semanas, ser apreciado na Assembleia da República. Convém estar atento ao que dele se dirá e esperar que os nossos deputados e os nossos governantes compreendam o alcance e a importância que um programa deste tipo poderá ter para o desenvolvimento do nosso país. O programa pode ser consultado no site da DGOTDU e pela minha parte aconselho a sua consulta. No mínimo direi que se trata de um documento muito interessante. A equipa que elaborou o PNPOT foi dirigida pelo geógrafo Jorge Gaspar o que só por si é já uma garantia de qualidade (acrescente-se que há dois fóruns de discussão on line: o Blog da Ad Urbem e o Fórum Geographus).
domingo, 6 de maio de 2007
domingo, 29 de abril de 2007
O Lugar Onde a Cabra Matou o Lobo (A Aldeia da Pena 25 Anos Depois!)



Na aldeia de Covas do Rio lembro-me de ver, afixado na porta da taberna, um cartaz do PPD. Depois disseram-nos que ali todos «votavam no PD» (dito assim mesmo, pêdê) porque era isso que, os senhores lá de S. Pedro do Sul, tinham dito para fazerem. Dentro da taberna em chão de terra batida e paredes toscas de pedra, uma única prateleira com alguns (poucos) produtos para venda. Lembro-me que ficámos chocados com os preços das lapiseiras. Durante muito tempo não se devem ter vendido, pois tínhamos levado algumas dezenas para oferecer às crianças da escola. Os miúdos de Covas do Rio, que provinham de duas ou três famílias numerosas, merendaram connosco e no fim da refeição já brincavam com carrinhos feitos com as latas de conserva que leváramos, agora vazias. Quando o Jipe nos foi buscar para regressarmos eles não se limitaram a dizer adeus e acompanharam, correndo e acenando, a marcha lenta que o carro fazia para vencer as más condições da estrada. Na altura tive a estranha sensação de já ter visto (na televisão) imagens parecidas com aquelas, mas provenientes de paragens mais longínquas e pouco conotadas com um país (Portugal) que se preparava para integrar a Comunidade Económica Europeia daí a pouco tempo.

Quanto a mim, olho para a aldeia da Pena e não me parece a mesma. A Serra da Arada, devido aos incêndios, está hoje mais despida e por isso o enquadramento da Pena é muito menos rico. Por outro lado, muitas das casas de xisto foram recuperadas mas no processo estão a ser usados alguns elementos descaracterizadores. O facto de ainda existirem alguns edifícios por recuperar aliado à existência de duas velhas carcaças de automóveis abandonados em plena aldeia (coisa inimaginável há 25 anos) prejudica um pouco a imagem do lugar. O Cemitério, que era uma coisa minúscula para duas campas, parece-me agora um pouco maior. Seja como for, há 25 anos poucas coisas fariam prever que a Pena resistisse tanto tempo. Passado todo este tempo gostei, francamente, de ter voltado à Pena e ver que a aldeia ainda existe. E, surpresa das surpresas !, saber que vive naquele lugar uma menina com cinco anos de idade. Provavelmente será filha do rapazito que nós vimos (ainda criança) há tantos anos atrás.
Muitas das esperanças da aldeia residem agora naquela criança pois ela representa o futuro. Talvez tenham razões para isso. Num tempo de novas tecnologias da comunicação e com melhores meios de transporte, o isolamento geográfico já não representa o mesmo que há 25 anos. Da mesma forma que a cabra indefesa, com engenho, se desenvencilhou do lobo, também a Pena está a vencer o isolamento. É preciso acreditar que o interior do país está cheio de oportunidades, ainda que por vezes seja preciso inventá-las como parecem estar a fazer na aldeia da Pena.
sexta-feira, 20 de abril de 2007
O Rei dos Leittões!

No Blog dele aprecio sobretudo o sentido de humor que acompanha as suas crónicas pessoais sobre a vivência diária e simples (mesmo sendo um Rei dos Leittões ele é assim). No entanto deixem-me dizer que o Rei se «algum defeito tem» não é concerteza o de falta de irreverência. Os seus posts, sobre a actualidade da política e sociedade (sobretudo a portuguesa), são suficientemente mordazes e inteligentes para que se lhes preste atenção, ainda que por vezes seja difícil concordar com ele. Quanto à imagem, não tenham dúvidas, coloca-o no devido lugar. Na Blogosfera, entre muitos leittões, ele é mesmo o Rei.

segunda-feira, 9 de abril de 2007
Caixas que Resistem!

O recurso aos satélites e à informática permitiu criar poderosas redes de telecomunicações que se vão difundindo e aperfeiçoando. A sucessão das inovações não pára e muitas desaparecem num curto espaço de tempo. Um exemplo, o Telex, que nos anos 80 representava um grande avanço foi ultrapassado e desapareceu completamente. Muitas pessoas nunca chegaram a ver nenhum a funcionar. Anunciam-se, para breve, formas de comunicação inimagináveis ainda há pouco tempo mas, com maiores ou menores dificuldades, o correio tradicional vai teimando em resistir.
As fotos que apresento são demonstrativas do declínio do correio tradicional, mas também da sua capacidade de resistência. A foto das caixas de correio dispostas em grelha foi feita numa aldeia do Distrito de Castelo Branco, em 2005. A que apresenta as caixas ferrugentas foi feita o ano passado, no Algarve.
terça-feira, 3 de abril de 2007
Grandes Portugueses

Vem isto a propósito do resultado do concurso da RTP sobre os grandes portugueses. Antes de mais, diga-se que fosse qual fosse o desfecho, o resultado teria sido sempre controverso. É óbvio que não há apenas um grande português e a haver (goste-se ou não) esse nunca poderia ser Salazar. A escolha de um nome faz-se pela exclusão de outros e um país (uma nação) é o somatório de muitos contributos nos mais diversos domínios (acção governativa, cultura, ciência, economia, política, religião etc.). Por outro lado, o facto da escolha ter sido Salazar (ou terá sido só Sal+Azar?) teve também um efeito perverso. Bastaram uns míseros 65 000 telefonemas (militantes) para se chegar a um resultado que tem tido impactos (divulgação e exposição nacional) completamente desproporcionados. Postas assim as coisas, facilmente se chega à conclusão de que, logo à partida, o facto de não ser possível escolher um nome deveria ter sido suficiente para que gente com responsabilidade (nas mais diversas áreas) recusasse patrocinar o formato do programa. O argumento de que se tratava de um programa (apenas) de entretenimento com uma dimensão pedagógica é muito discutível.
Uma das principais características da humanidade, sem a qual não teriam sido possíveis os avanços civilizacionais, é o reconhecimento do valor essencial do colectivo. Mesmo quando se pretende distinguir cidadãos por contributos sectoriais a tarefa é difícil. Um bom exemplo, dessa dificuldade, ocorre anualmente com a atribuição dos Prémio Nobel. Raramente os resultados são consensuais.
Quando penso em portugueses que foram grandes ocorrem-me nomes como Fernando Pessoa, Pedro Nunes, Orlando Ribeiro ou Amadeo, mas não consigo escolher um. Não sendo praticável escolher o (entre todos) grande português, já me parece possível chegar ao nome do português que melhor simboliza a ideia de Portugal. Um programa formatado na base desta ideia talvez já fosse aceitável mas também pouco provável porque, nesse caso, a resposta (por muitas razões) seria óbvia:
- Camões
domingo, 25 de março de 2007
Festambo de Parabéns
Parabéns à Banda. As boas ideias, sobretudo quando concretizadas, merecem reconhecimento.

sábado, 24 de março de 2007
Os livros e (ou) a vida!
O Centro de Arte Moderna da Gulbenkian exibia, ainda há pouco tempo, esta interessante instalação.
No interior dos muros de livros, em cima e em baixo, estavam colocados espelhos que criavam, em quem entrava, a ilusão de um poço (ou túnel) «infinito» com paredes de livros. A ilusão criada era tão perfeita que vi gente recuar com vertigens. O número de livros usado em tal construção constituía, só por si, uma imagem suficientemente clara (mesmo sem a tal ilusão) para nos consciencializar que a quantidade de livros que nunca teremos tempo de ler é esmagadora.
Para quem gosta de ler a única ideia consoladora é que uma grande parte dos livros constitui «cópias» (quase sempre maçadoras) de coisas que já estavam escritas e são, por isso, dispensáveis. Apesar disso todos sabemos que, para cada um de nós, a quantidade de livros interessantes que existem exigiria um tempo muito superior àquele de que disporíamos, mesmo numa vida muito longa. E a vida é, antes de mais, para ser vivida. Contudo são os livros, os bons livros, que nos lembram constantemente que a verdadeira emoção é a própria vida. E são eles que nos ajudam a criar uma ideia da «medida» com que vivemos essa emoção.
Aqui deixo (sem outros comentários) uma passagem de Joyce sobre a descoberta do amor e da paixão, por parte de um adolescente:
… Em poucos momentos, estava descalço, com as meias dobradas dentro dos bolsos e os sapatos de lona pendurados aos ombros pelos atacadores atados e, arrancando dos detritos em volta dos rochedos um pau aguçado, roído pelo sal, desceu a rampa do molhe.
Havia um longo riacho na praia e, enquanto patinhava, seguindo o seu curso, reparava no número infindável de algas à deriva. Cor de esmeralda, pretas, avermelhadas e cor de azeitona, deslocavam-se por baixo da corrente, ondulando e girando. A água do riacho era escura e interminável e reflectia as nuvens que adejavam no alto. As nuvens pairavam silenciosamente por cima dele e o ar quente e cinzento estava parado e uma nova vida rebelde castava nas suas veias…
… Estava sozinho. Estava livre, feliz e próximo do cerne selvagem da vida. Estava sozinho e jovem e predisposto e rebelde de coração, só, no meio do ar selvagem e das águas salobras, da colheita marinha de conchas e algas e da velada luz cinzenta e de figuras de crianças e raparigas envergando trajos alegres e de cores claras, e de vozes infantis e juvenis que se erguiam no ar.
Viu uma rapariga diante dele, a meio da corrente, só e parada, a olhar para o mar. Parecia ter adquirido, por artes mágicas, semelhanças com uma estranha e bela ave marinha. As suas pernas nuas, longas e esbeltas, eram tão delicadas como as de uma garça, e eram puras, excepto no local onde uma alga cor de esmeralda tinha aderido à sua carne como um sinal. As suas coxas, mais cheias e um tom suave como o do marfim, estavam nuas quase até às ancas, onde as franjas brancas dos calções lembravam uma penugem branca e macia. As saias de um azul de ardósia estavam ousadamente enroladas em volta da cintura, descaindo atrás como a cauda de uma pomba. O seu peito fazia lembrar o de uma ave, macio e leve, leve e macio como o peito de uma rola de plumagem escura. Mas os seus longos cabelos louros eram juvenis, como juvenil era o seu rosto, tocado pela maravilha da beleza mortal.
Estava só e quieta, olhando para o mar; e, quando sentiu a presença dele e a adoração nos seus olhos, voltou os seus para ele, sustentando tranquilamente o seu olhar, sem vergonha e sem malícia. Sustentou o olhar dele durante longo, longo tempo e depois, calmamente, baixou os olhos e fitou a corrente, agitando levemente a água com os pés, para um lado e para o outro. O primeiro ruído suave da água que se agitava quebrou o silêncio, baixo e leve e sussurrante, débil como os chocalhos das ovelhas; para cá e para lá, para cá e para lá; e um leve rubor tremulou no rosto dela.
- Deus do Céu! bradou a alma de Stephen, numa explosão de alegria profana.
Afastou-se subitamente dela e começou a atravessar a praia. Tinha o rosto a arder; todo o seu corpo estava em chamas; os seus membros tremiam. Continuou a caminhar, sempre em frente, pela areia, até muito longe, acompanhando o cântico selvagem do mar, gritando saudações ao advento da vida que chamara por ele.
A imagem dela ficara gravada na sua alma para sempre e palavra alguma quebrara o silêncio sagrado do seu êxtase. Os olhos dela tinham-no chamado e a alma dele repondera ao apelo. Viver, errar, cair, triunfar, recriar a vida a partir da vida! Tinha-lhe aparecido um anjo rebelde, o anjo da juventude e da beleza mortais, um enviado das belas cortes da vida, para lhe abrir, num instante de êxtase, as portas de todos os caminhos do erro e da glória. Sempre em frente, em frente, em frente!
Deteve-se subitamente e escutou o seu coração, no meio do silêncio. Quanto tempo teria caminhado? Que horas seriam?
Não havia pessoa alguma perto dele e o dia parecia desvanecer-se. Voltou para o lado da terra e correu para a margem e, subindo a encosta de areia, sem se preocupar com os seixos cortantes, descobriu um círculo de areia no meio de dunas cobertas de tufos de ervas e aí se estendeu, para que a paz e o silêncio da noite pudessem acalmar a agitação do seu sangue.
Sentia por cima de si a cúpula ampla e indiferente e os calmos movimentos dos corpos celestes; e a terra por baixo dele, a terra de que tinha nascido, acolhera-o no seu seio.
Fechou os olhos no langor do sono. As suas pálpebras estremeceram, como se sentissem o vasto movimento cíclico da terra e dos seus guardiões, estremeceram como se sentissem a luz estranha de um mundo novo.
A sua alma penetrava num mundo novo, fantástico, confuso, indistinto como um mundo submarino, atravessado por formas e seres nebulosos. Um mundo, um clarão ou uma flor? Bruxuleando e tremulando, tremulando e desdobrando-se, uma luz que irrompia, uma flor que nascia, estendia-se numa infindável sucessão si própria, irrompendo, totalmente rubra, e desdobrando-se e desmaiando até ao mais pálido tom rosado, pétala a pétala, onda de luz a onda de luz, inundando os céus com os seus clarões suaves, cada um mais profundo que o anterior.
A noite caíra quando acordou e a areia e as ervas áridas do seu leito já não brilhavam.
Ergueu-se lentamente e, recordando o êxtase do seu sonho, suspirou de alegria.
Subiu à crista da duna e olhou em volta. A noite descera. A orla da lua nova fendia a vastidão pálida do céu, o rebordo de um arco de prata incrustado em areia cinzenta; e a maré avançava rapidamente sobre a terra, com um sussurro baixo das suas ondas, isolando algumas silhuetas atrasadas em poças de água distantes…
Extracto do livro «Retrato do Artista Quando Jovem» (1916), de James Joyce.
(Colecção Mil Folhas, n.º 40, Edição de «O Público», 2003, pp 170, 172)
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007
Alimentação saudável !

Contudo, deve reconhecer-se que os benefícios de tais dietas são inegáveis. Fiz esta foto no zoo de Lisboa já em 2003. Consta que o gorila, já bastante idoso, é saudável. Reparem no tipo de alimentação (só vegetais) e no cuidado com a disposição e manipulação dos alimentos! Exemplar meus senhores, exemplar!